segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O mundo da mente. Parte 4

Bom, são 8:30 vou ficar até as 14:00 sozinha. Vou conseguir. Normalmente os clientes não aparecem de surpresa, sempre marcam para uma semana depois, mais ou menos. É, talvez eu só tenha que agendar os pedidos, e isso é meu trabalho normal, sim, com certeza vou conseguir.
Logo ao pensar nisso me animo e vou varrer, tirar pó, organizar tudo. Tom é um maravilhoso fotografo, normalmente não tira fotos fora do estúdio, primeiro, por que não pode deixa-lo sozinho...
Cara, agora ele pode, agora eu estou aqui, é isso, esse é o plano dele, ele quer que eu fique aqui, assim ele pode sair.
Enquanto me deparava com essa verdade, entra um cliente. Era um senhor com uns 50 anos, meio gordinho, mas bem alto.
-Bom dia.
-Bom dia, em que posso ajuda-lo? - só agendar por favor, por favor, por favor.
-Gostaria de fazer um book para o Lino. - ele segurava um cachorro no colo, pequeno, acho que era vira-lata.
-Que lindo, gostaria de agendar?
-Teria como ser agora? - ele olha com uma cara de preocupado - acho que essa semana estarei ocupado.
-Claro. - droga - Mas o Tom não se encontra, pode ser comigo?
-Pode sim,  se eu conseguir reconhece-lo está bom!
-Daremos um jeito. - rindo de um jeito meio nervoso, tentando disfarçar.
Eram 12 fotos, foram fáceis até, até mesmo para mim, ficaram boas. O senhor agradeceu, disse que ficaram otimas, digamos que me senti orgulhosa. Fora isso só precisei agendar, quando Tom chegou ao mostrar as fotos me elogio, me senti melhor ainda.
Resto do dia, normal. Me senti muito bem. Ao chegar em casa contei tudo ao Bojo, tomei banho, jantei, e fui dormir tranquila...

O mundo da mente. Parte 3

Parte 2

Abri os olhos cansada, o despertador tocando como louco, já era 7:30.
- 7:30, COMO ASSIM!!!
Como assim já é 7:30, não faz dois minutos que eu fui dormir. Levantei correndo, apesar de cansada eu tinha que trabalhar. Mas 7:30, caraca, eu devia pelo menos ter notado que dormi. Ok, vamos fingir que tive uma maravilhosa noite de sono. Fui preparar o café, regar as plantas, alimentar o Bojo.
Durante esses servicinhos matinais estava pensando novamente no sonho da noite retrasada. Não sei por que isso não sai da minha cabeça, e noite passada eu tinha certeza que ia sonhar com isso novamente, não era uma ideia, de alguma forma eu sabia.
Chegando no estúdio, já vejo o Tom levando as coisas pro carro.
-Bom dia, o que tá fazendo?
-Bom dia zumbi. - Eu estou com olheiras pela péssima noite - Hoje vou ter que tirar fotos de um aniversário.
-Ah, então o que eu faço com quem vier tirar foto? Agendo para amanhã?
Tom fala com um tom de quem eu falei um absurdo - Não, é tu que vai tirar as fotos!
O que? Ele esta pensando que eu vou conseguir tirar fotos que nem ele? Não que eu não saiba tirar, mas nunca ficam com a mesma qualidade que as dele.
-Tom o que você está falando? Eu não vou conseguir.
-Bobagem, tu sempre me viu tirando fotos, sabe como funciona e sabe os truques. Sei que consegue.
Ele já estava dentro do carro quando se vira e diz:
-A propósito, cuide com os fios, tente não tropeçar neles com a camera. Eu volto as 14 horas.
E assim ele saiu e me deixou sozinha no estúdio. Pelo menos não tem ninguém agendado, talvez não venha ninguém tirar fotos hoje, não é?

O mundo da mente. Parte 2

Parte 1

Abri os olhos, o quarto ainda estava escuro, eram 5:10, estava com dores pelo corpo, me sentia exausta apesar de ter ido dormir as 20:30, dormi quase 10 horas, tambem estava com muita fome e angustiada. Me forcei a comer um pão, pois precisava de forças para ir para o trabalho.
Bom, meu nome é Meyumi, tenho 17 anos, trabalho em um estúdio de fotografias com Tom, um senhor de 50 anos, alto, cabelos grisalhos, com os maiores atos de bondade que eu já vi.
Era 5 quadras da minha casa até o estúdio, eu sempre aproveito o caminho para observar as pessoas, algumas eu podia ver todos os dias, e outras só se via uma vez, turistas, passando um tempo no parque. Um local enorme cheio de árvores, era na metade do caminho.
- Dormiu mal de novo? - Disse Tom quando cheguei, eu estava com a cara normal, tinha conferido, e estava igual a todos os dias, mas ele sempre sabe como estou.
- Sim! - respondi - E dormi quase 10 horas.
- O numero de horas não importa, eu durmo 5 horas e fico com uma cara melhor que a sua com 15.
Sorri com uma cara de deboche, apesar de saber que era verdade.
- Vá arrumar as coisas lá em cima agora, daqui a pouco chegam as gemeas. - Tom disse enquanto arrumava sua camera.
As gêmeas eram duas meninas de 3 anos, identicas, que sempre iam tirar fotos lá. Enquanto arrumava, pensava no meu sonho, era estranho, sempre acordava com aquelas sensações ruins, mas hoje foi pior, e o mais curioso é que eu nunca lembro dos sonhos e logo quando lembro, é esse tão estranho.
O resto do dia digamos que foi como o habitual, passo a manhã e tarde no estúdio, volto para casa no almoço, alimento Bojo, meu lindo companheiro, um gato cinza. Sete horas, volto pra casa, rego as plantas, tomo um banho e faço minha janta e do Bojo.
Já era hora de dormir, e alguma coisa me dizia que ia voltar para aquele lugar estranho.

O mundo da mente. Parte 1

Eu não enxergava nada, eram 5 da manhã, estava cansada e com fome mas finalmente estava chegando na cidade mais próxima. Era estranho saber aonde fica a cidade mas não saber aonde se está.
Chegando mas perto a cada passo lento, começo a escutar uma voz, é uma criança chorando, quando vejo ela saio correndo em sua direção, os olhos assustados de medo, cerca de 9 anos me faziam lembrar minha irmã, pergunto o que aconteceu, aonde estamos e porque ela está sozinha. Ela diz que ali é um lugar aonde só existe pessoas más, e que ela precisa de ajuda, está perdida e com fome, os pais a abandonaram. Eu com certeza estava apavorada e numa situação não muito melhor que aquela menina, mas tinha de ajuda-lá, imediatamente a coloquei na garupa e fomos em direção a próxima cidade.
Ela ia me contando coisa horríveis que ela passo todo o tempo que ficou sozinha, era apavorante escutar aquelas coisas num lugar no meio do nada, deserto e se por acaso encontra-se-mos alguém, não acho quer seria uma pessoa hospitaleira.
Eu não aguentaria muito mais tempo, ouvir os relatos daquela garota, me deixava triste e sem esperanças, como se minha vida estivesse se evaporando pouco a pouco. Olho para trás para ver o rosto da menina que pensei estar dormindo. Mas nele, não mais uma criança, algo com o formato humano, sem roupas, sem cabelo, sem olhos e nariz, somente uma boca, sorrindo.
Foi quando percebi, se eu não estivesse morta, eu morreria em poucos minutos. Larguei aquele demonio ali, eu estava desesperada, não tinha como escapar, olhei rápido para trás queria ter certeza que teria mais alguns instantes de vida, mas ela não me seguia, tinha tomado a forma da minha irmã e estava parada, chorando, como na minha mente... quando eu fugi.
Sabia que não era ela e não iria me deixar iludir, foi quando esbarrei em alguém, um homem alto de cabelo rapado, pele morena e olhar intenso, sua voz era decidida e firme, ele dizia que estava ali para me salvar e que iria me levar para a cidade. Foi tão rápido o movimento dele que só depois percebi que estava sendo abraçada e já estava na cidade. Não intendi muito bem como fomos parar ali, mas estava muito cansada para tentar achar lógica.
Enquanto caminhávamos, ele dizia: "Aquilo que você viu antes, era a inveja ela não tem corpo e por isso absorve o dos outros, era o que ela estava fazendo, ela usou as suas emoções achando que você voltaria."
Perguntei-lhe o que ele era, mas eu já sabia, era o amor. Então eu percebi, estava tudo como um sonho. Somente um sonho. Então acordo para mais um dia aonde o mundo é apenas um mundo normal.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Blog 2

Esse era para ser o blog onde iria escrever historias do outro mundo que criei, mas infelizmente não ando conseguindo pensar direito sobre historias com finais felizes, e não quer mais um blog meio dramatico.
Um dia espero postar contos aqui.